O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (8) para cobrar da polícia respostas a respeito da morte do jornalista e blogueiro Maldine Vieira, de 29 anos de idade, ocorrida no dia 1º de maio.
Maldine morreu por afogamento e asfixia, em circunstâncias ainda não esclarecidas, na piscina de uma casa noturna situada no bairro Olho d’Água.
Para o parlamentar, com base nas versões já levantadas, há possibilidade de o caso se tratar de um homicídio culposo ou de um crime preterdoloso.
“Maldine, nessa situação, foi levado por uma pessoa que antes ele criticava nas redes sociais para uma casa noturna aqui de São Luís. Uma situação tão grave, que o Maldine, vítima dessa enfermidade gigantesca que ataca a vida das pessoas, entrou numa espécie de surto. E se eu sou amigo de alguém, com 10 pessoas sentados numa mesa – se a solidariedade humana ainda existe -, as 10 pessoas mesmo que estejam num momento de recreação, ao ver uma pessoa que estava sob efeito de substâncias químicas, em surto, cair numa piscina […] e aí parece que tinha um policial lá e ele supostamente ajudou -, ele é deixado por todos lá e uma pessoa de 1 metro e 75 cm morre afogado numa piscina de 1 metro e 60 cm de profundidade. São coisas que não dá para entender”, disse.
E completou: “E isso está sendo colocado como se fosse uma grande fatalidade, e não foi. Nós estamos falando aqui de um possível homicídio culposo ou eventualmente investigar até o preterdolo”.
Yglésio questionou o fato de a pessoa apontada como a que levou Maldine para a casa noturna, ter supostamente negado socorro.
“Como é que a pessoa que leva Maldine para o local, se nega a colocar Maldine no carro. Para a partir daí deixar Maldine já chegar na UPA [Araçagi] em situação de morte”, pontuou.
Apelo
Ele fez uma pelo para que as autoridades deem atenção máxima ao caso.
“Não dá para simplesmente dizer que foi uma fatalidade. O laudo do IML diz, morreu afogado, não foi por abuso de substância; não foi o coração que parou; foi o pulmão que encheu de água enquanto 10 pessoas celebravam numa mesa. Então existe uma omissão caracterizada”, finalizou.
A Polícia Civil já começou a ouvir as testemunhas do caso e as pessoas que acompanhavam Maldine na ocasião da morte.
É provável que profissionais da UPA que estavam de plantão no momento em que Maldine foi levado para o local, também sejam ouvidos.
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