A secretária municipal de Saúde de São Luís, Ana Carolina Marques Mitri da Costa (foto), não compareceu, na tarde desta terça-feira (16), para prestar depoimento em uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara Municipal de São Luís para apurar supostas irregularidades em contratos emergenciais firmados pela gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
De acordo com o vereador Álvaro Pires (PSB), em contato com o editor do Blog, a auxiliar do prefeito encaminhou justificativa confusa ao Parlamento, alegando não saber se a sua presença havia sido solicitada através de convite ou convocação.
Presidente da CPI, Pires ratificou que tratava-se de convocação e que Ana Carolina, após deliberação do colegiado, foi reconvocada para o dia 02 de agosto, às 14h.
Caso não compareça, será conduzida coercitivamente.
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O ex-secretário municipal de Saúde, Joel Nunes, também convocado para esta terça-feira, se fez presente, o que foi considerado por Álvaro Pires como um ato de respeito para com a Comissão.
A maioria do colegiado, no entanto, deliberou para que ele só seja ouvido também no dia 02 de agosto, no mesmo horário.
Já o depoimento do empresário Antônio Calisto Vieira Neto, proprietário da Construmaster Construções e Locações, não mais acontecerá nesta quinta-feira, dia 18.
Os membros da CPI irão deliberar acerca de uma nova data e, caso seja necessário, o mesmo, que alegou estar viajando para Europa, também poderá ser conduzido coercitivamente.
A convocação de Calisto se deu por pedido do presidente Paulo Victor, que afirmou ter sido procurado pelo empresário que lhe relatou a existência de um esquema fraudulento na Semosp, além de ter sido vítima de extorsão supostamente praticada pelo próprio prefeito e pelo secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella.
Em dois comentários feitos em uma publicação de Braide nas redes sociais, que foram apagados posteriormente, Antônio Calisto disparou xingamentos contra o prefeito e o secretário, garantindo ter sido extorquido, mesmo tendo ganho, licitamente, uma concorrência da Prefeitura.
Álvaro Pires explicou que sugeriu a possibilidade da Comissão solicitar o plenário da Assembleia Legislativa para que estas de outras oitivas aconteçam.
Isto pode se dar devido a problemas estruturais detectados no plenário Simão Estácio da Silveira, como goteiras.
No entanto, o parlamentar explicou que a Casa está passando por uma espécie de minireforma e disse acreditar que a mudança de endereço não será necessária.