O clima quente e seco do Maranhão mantém as autoridades em alerta para os riscos de queimadas e incêndios florestais. Durante o período de estiagem e escassez de chuvas, a prática tende a crescer significativamente e já é possível observar fumaça e fogo se espalhando em várias regiões. Segundo o ‘Programa Queimadas’, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de janeiro a setembro deste ano, o Maranhão registrou 8.403 focos de incêndio. Somente nos primeiros dias de setembro, já foram contabilizados 782 pontos de queimadas em todo o estado.
Atualmente, o Maranhão ocupa a 6ª posição no ranking dos estados mais afetados pelas queimadas, com mais de 8 mil focos de incêndio registrados, o que representa um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2023. Entre as cidades maranhenses, Mirador se destaca com 9,5% dos focos de incêndios, sendo a cidade com o maior número de ocorrências no estado. Em seguida, aparecem as cidades de Balsas (8,4%), Fernando Falcão (6,2%), Alto Parnaíba (4,6%) e Riachão (3,2%).
Segundo o Governo do Estado e o Corpo de Bombeiros do Maranhão, no primeiro semestre deste ano, foram realizadas 3.564 ações de combate e prevenção destas ocorrências. No mesmo período, foram registrados 552 incêndios em todo o estado, destes, 496 localizados em áreas rurais e florestas e 56 em áreas urbanas. Essas ações fazem parte do Programa Maranhão Sem Queimada, decreto que proíbe a realização de queimadas para fins de limpeza e manejo de áreas rurais no período entre 1º de agosto e 30 de novembro de 2024. Em Imperatriz, município localizado na região sul, o mês de agosto encerrou com 47 atendimentos a incêndios em vegetações.
Impactos das queimadas
No Maranhão, as queimadas são frequentemente realizadas, especialmente para limpeza de áreas de pastagens e renovação do solo. No entanto, essa prática tem consequências graves para os biomas do país, prejudicando o ecossistema natural e contribuindo para o aquecimento global. Os pequenos focos de incêndio podem facilmente sair do controle, resultando em incêndios que causam danos ao meio ambiente e à saúde humana. Além disso, quando realizadas próximas à rede elétrica, podem interferir no fornecimento de energia, gerando prejuízos para a população e para as distribuidoras de energia. Uma pesquisa realizada pela Equatorial Maranhão revela que, entre janeiro e agosto deste ano, foram registradas 41 ocorrências de grande proporção na rede elétrica decorrentes de queimadas, um número superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
“É de fundamental importância que as pessoas saibam que as queimadas podem trazer inúmeros prejuízos. Quando realizadas perto da rede elétrica podem causar curtos-circuitos e interrupções no fornecimento de energia. Ocorrências desse tipo demoram a ser resolvidas, uma vez que o Corpo de Bombeiros precisa acionar nossas equipes para isolar a rede elétrica, para atuarem de forma segura. Somente após o combate ao incêndio é que realizamos a manutenção da rede danificada”, afirmou o Gerente de Obras e Manutenção da Equatorial Maranhão, Manoel Romeiro.
Além dos inúmeros danos à infraestrutura elétrica e prejuízos materiais, as queimadas trazem impactos negativos ao meio ambiente. Por isso, a Equatorial Maranhão destaca os cuidados essenciais para evitar acidentes com queimadas:
Não queime lixo doméstico, principalmente nas proximidades da rede elétrica;
Não descarte fósforos e cigarros às margens de rodovias ou próximos de vegetação;
Não acenda velas, nem fogueiras perto da vegetação;
Não faça queimadas para limpar pastagens ou plantio agrícola;
Procure fazer “aceiros” no terreno, eles ajudam a controlar o fogo em caso de acidentes;
Opte por realizar roçadas manuais ou com o uso de máquinas específicas.
Ao presenciar riscos de incêndios próximos da rede elétrica, a Equatorial Maranhão deve ser acionada imediatamente, pela Central 116, e o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193.
Assessoria de Imprensa da Equatorial Maranhão