Um prognóstico climático divulgado pelo Núcleo de Geoprocessamento da Universidade Estadual do Maranhão (Nugeo/Uema) apontou que, até o fim do corrente ano, o Maranhão deve enfrentar um período de chuvas abaixo do normal, influenciado pelo fenômeno meteorológico El Niño, responsável por elevar a média de temperaturas em diversas regiões do planeta.
Neste sentido, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), vem realizando constantes atividades e trocas de informações com o Laboratório de Meteorologia (LabMet/Nugeo/Uema), e desde o início do ano de 2023 já contemplou em seu planejamento anual ações específicas, considerando a ocorrência prevista do fenômeno El Niño, que se configurou partir de junho de 2023.
De acordo com o levantamento climático, que é feito há cerca de 20 anos pelo Nugeo/Uema, em outubro deve chover pouco no litoral do Maranhão, já que ainda é um mês do período seco em todo o estado.
Em novembro, o norte do estado deve continuar com chuvas escassas, enquanto o sul deve começar a ver o tempo mudar, recebendo entre 100 e 200mm de pluviosidade.
“Infelizmente, a previsão climática para os próximos meses não é favorável. Nosso estado está enfrentando chuvas abaixo do normal e há uma perspectiva de agravamento das secas devido ao fenômeno do El Niño”, explicou o meteorologista da Uema, Hallan Cerqueira.
Cerqueira observou que esse prognóstico pode auxiliar especialistas e autoridades a pensarem em estratégias para amenizar os impactos negativos na agricultura, por exemplo.
Segundo a meteorologia, o mês de dezembro marca o início da temporada de chuvas no norte do Maranhão, com episódios chuvosos localizados e nebulosidade. No sul do estado, as chuvas se intensificam, chegando de 200 mm até 250 mm.
O diagnóstico climático da Uema também explica que outubro, novembro e dezembro são marcados pelo momento de transição para o período chuvoso no estado.
No entanto, com o fortalecimento do fenômeno El Niño nas últimas semanas, são grandes as chances de que essa mudança seja caracterizada por chuvas escassas, altas temperaturas do ar e baixa umidade no Maranhão.